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Greg Spalenka - Woman with butterflies
Greg Spalenka - Woman with butterflies

O CETRANS se afirma como uma iniciativa de natureza transdisciplinar que une pessoas interessadas no diálogo sobre a busca do sentido, na articulação entre ciência e espiritualidade, na exploração de valores em um mundo globalizado, turbulento e complexo – e claro, de como essas ideias participam dos atos delas mesmas.

Falamos aqui do cultivo transdisciplinar, mais do que da configuração do pensamento transdisciplinar. Enquanto a última trata de epistemologia, metodologia e ontologia, a primeira se ocupa do processo lento, laborioso de ser, de ser no mundo e medita sobre o lugar do homem na vida, levando em conta a complexidade e as contradições geradas pelo reconhecimento de sua finitude e impermanência face a infinitude e permanência do universo.

O cultivo transdisciplinar, pouco a pouco, pode nos ajudar a tomar conhecimento de nossas crenças e, assim, possibilitar o abandono daquelas que não mais nos servem e o surgimento de novas que nos permitam conviver com mais dignidade e adequação à realidade que nossa cotidianidade, a cada momento, se nos oferece. Esse movimento, como magnificamente trata Thierry Magnin em seu livro L’ Expérience de l´’incompletude − Le scientifique et le théologien en quête d’origine explica que ultrapassar a contradição, eminente em nossas vidas, é vislumbrada graças à noção chave da transdisciplinaridade: aquela dos Níveis de Realidade. Este movimento também implica em:

i. acolher a realidade como algo que resiste a nossas representações;
ii. aceitar positivamente a incompletude de nossa compreensão da realidade;
iii. procurar construir um sentido sobre o fundo do não sentido aparente;
iv. abrir-se à uma alteridade fundamental;
v. confrontar-se com o real para se tornar um bom pesquisador;
vi. abrir-se ao singular e ao universal;
vii. entrar no sentido do mistério.

Reflexão profunda, meditação, diálogo, pragmatismo transdisciplinar, arte, seja ela nas suas expressões sonoras, plásticas ou narrativas são elementos para dirimir a separação e a tensão do homem com sua realidade, seja ela interna ou externa. O cultivo transdisciplinar traz consigo a cornucópia que abunda em alimentos palpáveis e sutis que nutrem o grande Mistério da Relação.

 

Quando mudanças acontecem

O CETRANS agradece profundamente a dedicação e trabalho desenvolvido por Ana Karina de Sousa durante quatro anos como Coordenadora da UA Comunicação do CETRANS. Sem a contribuição voluntária, admirável da Ana teria sido impossível o CETRANS ter realizado muito do que realizou, e nossos tantos encontros teriam menor vivacidade e sorrisos. São as pessoas que fazem a diferença e permitem as realizações nos diferentes níveis de realidade. Ana, esperamos que você continue a ser a presença viva, amorosa e dedicada pela qual você é reconhecida entre nós. 

Ainda +:

  • O membro do CETRANS Mirian Menezes assumiu a Coordenação da Unidade de Ação Comunidade do CETRANS em 28 de fevereiro de 2013!

  • Vera Laporta que assumiu a Coordenação da UA Comunidade por cinco anos, é agora a Coordenadora da UA Comunicação.

  • Passamos a usar para a palavra Transdisciplinaridade a abreviação TD no lugar de TransD para nos alinharmos com a abreviação desta palavra usada no diálogo e nas publicações internacionais.

  • Ultimamente, em publicações na França, a palavra Educação está sendo substituída pela palavra Educância. De certa forma, ela entra em boa ressonância com as palavras Aprendência e Aprendente, já conhecidas nos circuitos TD.

 

Que novidades em publicações?

Le langage du vivant une voix, une voie en sommeil? Hélène TROCMÉ-FABRE Éditions HD   A Linguagem do Vivente uma voz, um canal adormecido? Hélène TROCMÉ-FABRE Editora TRIOM

Este livro amadureceu ao longo dos anos, o tempo necessário para compreender, para reconhecer o enorme fosso que separa os idiomas europeus da linguagem do vivente.

Neste século XXI, quase novo, enquanto as tecnologias nos oferecem a oportunidade de estar aqui e ali, no momento presente, as pesquisas em neurobiologia confirmam a importância de questionar a linguagem do vivente para identificar as palavras chave sobre as quais construir nossa intensidade de estar no mundo.

Depois de um rápido inventário de nossas práticas linguísticas, este livro recorda as leis e ações do vivente, tais como apresentam as pesquisas mais recentes. O leitor descobre que é possível repensar a vida e homenageia uma linguagem cotidiana reconfigurada a partir do vivente. A autora convida o leitor a participar numa viagem dos sentidos, a partir de uma rede de "100 palavras chave" para implantar e implementar em suas obras.

Este livro também propõe chaves de leitura que permitem aproveitar muito mais daquilo que dizemos ou entendemos e de reinventar uma nova religação com o nosso meio ambiente, os outros e com nós mesmos.

Traduzido do lançamento do livro em françês

Os tsunamis tecnológico-digitais, a educação e as redes de aprendência

Vários pesquisadores têm refletido sobre a avalanche de tsunamis tecnológico-digitais; novos computadores, tablets, celulares são lançados todos os dias com a necessidade premente e compulsiva de manter as pessoas permanentemente conectadas. No cinema, no ônibus, no carro, na escola e no trabalho, as crianças, os jovens e até os adultos concentram-se nos torpedos e nos alertas de e-mails em seus aparelhos pessoais.

Discutem-se as repercussões e as consequências que tudo isso pode trazer na vida das pessoas. Fala-se também das neuroses relacionadas à invasão impertinente e inevitável de e-mails e de convites de participação em redes sociais e, dos exercícios de pausa que professores tem feito nas escolas para que estudantes se exercitem a ficar desconectados pelo menos durante as atividades pedagógicas.

De fato, caminhamos para a construção de novos cenários em que a chegada ao mercado de consumo de smartphones e tablets pode deixar marcas e alterar a forma como vivemos. Esta situação também faz parte das discussões de educadores que se empenham em motivar os professores e estudantes a aprender em uma escola desgastada e conservadora, que apresenta resistência às mudanças. É preciso aproveitar os benefícios que as tecnologias trazem, principalmente diante da disponibilização de informações em rede e, das barreiras de tempo e espaço que são derrubadas. O retorno e a indiferença não são mais possíveis. Os intercâmbios, a socialização das informações, a inclusão digital e o trabalho colaborativo podem contribuir para a formação das pessoas, a partir de novas aprendizagens, relações interpessoais e intrapessoais e da possibilidade de enxergar e perceber o mundo de forma global e abrangente.

E a TD? Quais as pontes que poderemos fazer a partir deste tsunami digital? Que contribuições as pesquisas relacionadas a TD podem oferecer? É necessário um aprofundamento epistemológico sobre estas questões e como o ser humano pode se adaptar de forma favorável a elas, a partir do rompimento das fronteiras do conhecimento disciplinar e da busca de um novo sentido da vida, com a inclusão de aspectos sociais, éticos, psicológicos, espirituais, políticos, econômicos e ambientais na contemporaneidade.

Urge um posicionamento sobre a atitude, a pesquisa e a ação transdisciplinar relacionadas ao uso massivo destas tecnologias, principalmente por parte de educadores. Assim, surge o projeto de criação de redes de aprendência para professores e estudantes da Educação Básica. O objetivo é criar metodologias para a dinamização de redes de aprendência, espaços na Internet em que professores e estudantes compartilham experiências e conhecimentos, a partir de uma visão e práxis transdisciplinar, com a possibilidade de uso de novos espaços que contribuem para que a aprendizagem seja mais dinâmica, colaborativa e motivadora impulsionando o aprender ao longo da vida.

A questão que lanço agora é como aproveitar esta oportunidade de mudança para que a educação seja pautada por princípios intuitivos, imaginários, cooperativos, incluindo o resgate do amor, prazer, respeito nas relações, mas, principalmente, da ideia de que o SER pode evoluir sempre, independente destas avalanches tecnológicas.

Autoria de Sílvia Fichmann

Para saber mais:

Cada vez mais os ”feeds” tem invadido seu cérebro
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.’blogspot.com.br/2013/02/cada-vez-mais-os-feeds-tem-invadido-seu.html

Uso de redes sociais na escola: criando Redes de Aprendência. Web 2.0 & Transdisciplinaridade
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ListarMensagensForum.html?idTopico=122 

 

UA Comunidade

Com a intenção de manter vivo o espírito da Comunidade CETRANS, neste mês de março, têm início as atividades presenciais gratuitas: Experiências TD e Diálogos TD; as atividades presenciais e virtuais com módica taxa de participação: Meaning of Life e Rede Intergeracional/ Introdução ao Pensamento TD. Participem sempre que for possível!

A rede social http://cetrans.ning.com teve seu design reformulado, para entrar em consonância com o novo site do CETRANS. Criado em 2010, ela conta atualmente com 65 participantes e já registrou 1093 acessos do mundo inteiro. Seu propósito é a divulgação das ações do CETRANS para membros e interessados na TD.

A rede social CETRANS no Facebook, http://www.facebook.com/groups/cetrans/ foi criada com o objetivo de ampliar a divulgação de suas ações, de ações e trabalhos de membros, de disponibilizar informação de natureza TransD e de conectar sites e pessoas.

 

UA Comunicação

O novo Site do CETRANS está disponibilizado no endereço www.cetrans.com.br. Contamos com a colaboração da Adriana Caccuri, membro do CETRANS, na concepção do design do mesmo.

A navegabilidade do site CETRANS está sendo testada no momento. As pessoas que se dispuseram a cooperar com esta pesquisa estão inserindo suas opiniões no questionário criado sob a orientação de Silvia Fichmann, no SurveyMonkey. Caso queira cooperar conosco, deixe sua apreciação no formulário que está disponível no endereço:

 http://www.surveymonkey.com/s/FHDF8XD

Melhorando continuamente: o Site CETRANS é enriquecido com inserções em suas várias áreas. Neste verão, teses de mestrado e de doutorado, os Boletins Interativos anteriores e vários artigos foram disponibilizados. O CETRANS está aberto para publicar material enviado por seus interlocutores desde que estejam em consonância com a linha editorial do mesmo.

 

UA Formação - Diálogos Transdisciplinares

O V Encontro de Membros do CETRANS será realizado em maio de 2013. O primeiro deles ocorreu há seis anos. Estes encontros são anuais, possibilitam o aprofundamento da Transdisciplinaridade – TD, promovem troca fecunda entre os membros participantes e possibilitam o desfrute de um convívio amigável entre todos.

Os Encontros são pensados a partir de um tema foco e, relembrando, eis como eles foram desenhados até o presente momento: em 2008 – Reestruturação do CETRANS; em 2010 – Contradição; em 2011 – Linguagem; em 2012 – Transdisciplinaridade & esta estranha idéia do Belo.

O tema escolhido para 2013 é – Pragmatismo Transdisciplinar? – que será explorado a partir das vertentes: Método Fenomenológico; Emergência do Sujeito; e Raízes Arquetípicas. Se você é membro e tem interesse em participar, fale com Vitória cetrans@cetrans.com.br.

Explore neste livro muito sobre um tema caro à TD: Mediação no Judiciário – Desafios e Reflexões sobre uma Experiência Transdisciplinar. Na Sala CETRANS, como parte das atividades Diálogos TD, no dia 13/03, Silvana Cappanari, psicóloga da PUC/SP; Ana Lúcia Catão bacharel em direito pela USP e em Serviço Social pelo COGEA–SP, mestre em Psicologia Social pela PUC–SP; Lucia Fialho Cronemberger, bacharel em Ciências Sociais – PUC/SP e em Serviço Social – UFPE, mestre em psicologia social, todas as três terapeutas, consultoras, formadoras e mediadoras abordaram o tema título de seu livro recém publicado e acima referido.

A apresentação feita a partir da realidade por elas vivida em anos de prática e com sólida fundamentação nas áreas de direito, mediação e transdisciplinaridade evidenciou não apenas a importância, mas a necessidade de mediação desta natureza no âmbito da Vara da Família. Ficou claro, também, que os conceitos e metodologias exploradas no livro constituem um referencial sólido para aplicação em outros âmbitos onde mediação é demandada.

 

Atividades de Membros em 2013

Nasceu no CETRANS a Rede Transdisciplinar Intergeracional – Rede TIG. Como parte das atividades desta rede, Vicente Goes, iniciou em 16/03 o curso semipresencial Introdução ao Pensamento Transdisciplinar, projeto de duração de um ano, que propõe a interação geracional como meio de fertilização cruzada nos níveis cognitivo, experiencial e imaginal do conhecimento TD. O objetivo é formar uma rede de agentes TD, que estejam inseridos não apenas em seu contexto profissional direto, mas também em um quadro mais amplo no tempo. A importância da intergeracionalidade é resgatada no processo de emergência do sujeito transdisciplinar e, concomitantemente, é aberta a possibilidade de novas atualizações deste conhecimento tanto na teoria quanto na prática. Diz-se que uma geração sente a falta e a necessidade, a seguinte cria as condições para a realização do que é demandado e a terceira realiza. Todas as gerações, de alguma forma, vivem estes três momentos simultaneamente.

Por meio de diálogos baseados em leituras de textos e atividades, será aprofundada, vivenciada e disseminada a abordagem TD. Este é um meio para que o público jovem possa entrar em contato sensível, reflexivo e crítico com visão, atitude e prática TD. Serão abordados como temas os pilares do paradigma transdisciplinar e os participantes serão convidados a discutirem aspectos do mundo contemporâneo sob a perspectiva adquirida no percurso. Entendemos que o ganho de mão dupla consiste na percepção e interpretação de modelos cognitivos vividos por diferentes gerações, o que é imprescindível para a construção ética do conhecimento.

Mais detalhes, no site do CETRANS, na página:
http://cetrans.com.br/wp-content/uploads/2012/12/CursoCetrans_Intro_Pensamento_TransD.pdf

 

O que é o sentido da vida?

Em 2012, a partir de uma série de conferências proferidas em inglês, pelo Dr. Jay Garfield, os membros do CETRANS Maria F. de Mello e Vitoria M. de Barros realizaram 20 encontros quinzenais sobre o tema Meaning of Life/O Sentido da Vida. Neles foram exploradas diferentes vertentes de sabedoria tradicional e filosófica, a saber: o livro sagrado hindu – Baghavad Gita, textos gregos e romanos, o Livro de Jó, o Confucionismo, o Taoismo e diferentes formas de Budismo. Cada encontro, de duração de duas horas e meia, propiciou uma profunda reflexão sobre o tema Sentido da Vida e sua conexão com a cotidianidade.

Em 2013, esta atividade tem prosseguimento através de 16 encontros. Neles serão abordados pensadores que inauguraram a Modernidade, que desenharam a sociedade em que vivemos hoje, de certa forma, que atribuíram a ela um novo Sentido da Vida. A participação é facultada mesmo a pessoas que não tenham participado dos encontros anteriores. Se for de seu interesse frequentar, favor contatar: cetrans@cetrans.com.br.

 

UA Gestão

As atividades realizadas nesta estação foram: análise de balanço financeiro, acompanhamento de fluxo de caixa, consolidação de controle de anuidades.

Foi padronizada a política de retorno financeiro das atividades do CETRANS, incluindo a do Encontro de Membros.

Existe um trabalho de organização e backup mensal dos arquivos do Dropbox, com objetivo de garantir integridade dos dados e organicidade das informações.

O próximo passo desta UA é a criar um formulário de atualização cadastral de emails, telefones e dos membros e das pessoas constantes no mailing list atual.

 

UA Publicação

A Editora TRIOM em colaboração com a Unidade de Ação Publicação colocou desde dezembro/2012 três livros da Coleção Transdisciplinar em formato e-book e na AMAZON. Dois deles à venda e um deles Educação e Transdisciplinaridade com direito a download gratuito:


 

O Esboço disse à Sombra, "Primeiro você se move, então você fica parado; você se senta e depois se levanta. Por que você não se decide?"

A Sombra respondeu, "Preciso eu parecer com algo para ser quem eu sou? Será que este algo propriamente não precisa contar ainda com outra coisa para ser? Preciso eu depender das escamas de uma cobra ou das asas de uma cigarra? Como posso dizer que as coisas são? Como posso dizer que as coisas não são?”

Era uma vez, Eu, Chuang Tzu, sonhei que era uma borboleta, borboleteando por aí e me divertindo. Eu não tinha ideia que eu era Chuang Tzu. Então, de repente eu acordei e eu era Chung Tzu de novo. Mas, eu não pude dizer, fui eu Chuang Tzu sonhando que era uma borboleta, ou uma borboleta sonhando que era Chuang Tzu? Entretanto, deve existir alguma diferença entre Chuang Tzu e uma borboleta! Chamamos isso de transformação das coisas.

The Book of Chuang Tzu - Penguin Classics

 



UA Comunicação – Vera Laporta
UA Comunidade – Miriam Menezes de Oliveira
UA Formação – Maria F. de Melo
UA Gestão – Vinicius Alexandre do Santos Almeida
UA Publicação – Vitória M. de Barros