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Un mundo – Ángeles dos Santos Torroella
O leque se abre. O que se mostra?

 

 

Metateoria? Para que serve?

Metateorias são perspectivas para entender e integrar teorias através das disciplinas, para descrever um encadeamento de princípios do que é aceitável e não aceitável dentro de uma teoria. Ela exige um constante exercício de reflexão, sobre a coerência entre epistemologia e o objeto do conhecimento, sobre desconstrução e reconstrução do conhecimento. Neste sentido, análise de contexto, teoria e pesquisa estão intimamente ligados a ela.

Metateorias são instrumentos robustos para trans-atravessar as fronteiras do conhecimento, articular conhecimentos acadêmicos e não acadêmicos, sabedorias tradicionais de diferentes culturas. Exemplificando, tanto o Modernismo como o Pós Modernismo são metateorias: o primeiro enfatiza a diferenciação, a localização, a classificação e a representação; o segundo, por outro lado, trata prioritariamente de processos, movimento, interpenetração, interdependência, não localidade, mudança.

Neste inverno, como parte das atividades do CETRANS, tiveram lugar dois encontros para refletir, a partir de uma visão Metapolítica, as manifestações que invadiram cidades brasileiras, mobilizando e expressando de forma contundente a crise de representatividade da sociedade nas instâncias políticas. Este ato que foi impulsionado pela população jovem, teve a adesão dos não-jovens, se não tão enquanto representação física nas ruas, certamente como grito de indignação à doença e falta de ética da realidade política nacional.

Ambos encontros se inscreveram dentro dos Encontros TD do CETRANS. Concebemos e entendemos Encontros TD no sentido que lhe é dado na palavra japonesa - shoken - que quer dizer “mútuo vendo”, “reconhecimento mútuo”, qualidades sine qua non para o exercício de uma reflexão que se diz meta. A intenção desta atividade mensal e gratuita é, quiçá, propiciar uma oportunidade para o encontro do nosso si mesmo com o si mesmo do outro; do nós pessoas com a pessoa outra; de nós já concebidos com o nós outro potencialidade.

Mas o que é o Metapolítica? Raimon Panikkar em seu livro O Espírito da Política – Homo Politicus.TRIOM, 2005 escreve:

Metapolítica é o fundamento antropológico do homem político... [é o metapolítico que] impede o corte entre a atividade política e o restante da vida humana... [mas] Como fazer para descobrir esta dimensão? [E] como, após tê-la descoberto, adotar uma atitude realista... Trata-se de descobrir no ser humano, um núcleo que o vincule ao político, à polis, mas que a técnica política não abrange... [Na verdade] todo homem forja seu próprio destino – sua salvação – no campo do político, quando descobre o sentido metapolítico de sua atividade humana.

Por onde este movimento começa ou onde ele acontece? Onde é possível. A posição do CETRANS é Metapolítica, com todas suas implicações absolutamente caras à TD.

 

Patrick Paul, membro do CETRANS, acaba de lançar o livro Saúde e Transdisciplinaridade: a importância da subjetividade nos cuidados médicos. São Paulo: EDUSP, 2013.

Patrick Paul, neste livro, apresenta uma reflexão aprofundada sobre a pluralidade disciplinar e sobre as relações entre conhecimentos científicos e saberes não acadêmicos, tema bastante atual considerando que o exercício profissional implica a participação de diferentes abordagens e de múltiplos olhares. A clarificação das relações e das diferenças epistemológicas entre a medicina científica e uma abordagem amplificada, transdisciplinar, pode revelar-se fecunda. A descoberta da pluralidade de pontos de vista possibilita uma visão mais aberta e mais global do sujeito, enfatizando a importância da subjetividade nas práticas dos cuidados médicos. A educação terapêutica, como uma concepção de saúde que associa a objetividade científica e a subjetividade das pessoas, apresentada ao final deste livro, poderá favorecer a compreensão dessas novas abordagens de modo mais concreto.

Mais informações e compra no site: http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?id=414275.

 

Mirian Menezes de Oliveira - Efeito Libélula: a partir do processo coformativo ocorrido na rede pública de ensino - São José dos Campos/ SP em 2000, com mediação de Maria F. de Mello e Heloísa Helena Steffen, Mirian escreveu o livro de poesias O Cientista e a Poeta publicado pela Editora TRIOM. A publicação motivou a criação de diversos textos, publicados em 09 Antologias... uma exposição, que contém fotografias, poemas e esculturas em vidro, denominada Trilha de Olhares: Fragmentos da Mata Atlântica, concebida e criada, por Gilmar Dueñas, fotógrafo, Tita Selicani, artista plástica e Mirian Menezes, poetisa. Este trabalho a seis mãos não parou... O leque é interminável... Outro vernissage está previsto para 21 de setembro de 2013 – Aniversário da Exposição Trilha de Olhares. A próxima publicação individual de Mirian Menezes de Oliveira será Memórias de Leitura, traduzida para o francês por Diva Pavesi, organizadora da Antologia Brésil en scène. O lançamento será no Salão do Livro em Paris, em março de 2014, pela REBRA - Rede de Escritoras Brasileiras, com participação de 40 escritores.

Mais informações: http://rebra.org/escritora/escritora_ptbr.php?id=1794.

Mariana Thieriot Loisel, membro do CETRANS, radicada em Quebec, Canadá, gravou uma série de vídeos denominada TD e Pós Modernidade a partir de seu próprio processo formativo transdisciplinar no CETRANS, sua área de estudo - a Filosofia, sua atuação profissional como filósofa e seu interesse pelo ser humano. A fala de Mariana articula rigor epistemológico, afetividade e esperança, o que torna possível a mudança clamada por tantos no âmbito da Educação.

Cada um destes vídeos nomeados PerCurso tem duração de 4 a 11 minutos aproximadamente. Dentre os temas tratados, salientamos: Modernidade, Pós Modernidade, Complexidade, Gestão, Carta da TD. Estes vídeos estão em fase de edição e serão disponibilizados, em breve, no site www.cetrans.com.br.

 

Por que ocupar o espaço público?

O espaço público, propriedade do e administrado pelo Estado, é concebido e planejado para atender à demandas de circulação e lazer principalmente. Na história da cidade de São Paulo, que se repete em milhares de outros ciclos de urbanização, a lógica urbana determinou um cotidiano específico e disseminou valores individuais, disciplinares, de consumo e educação que desarticulam “naturalmente” os vínculos mais estreitos do cotidiano no âmbito comunitário ― “Cada um no seu quadrado”.

O espaço público é uma instituição, é uma entidade de propriedade do estado com determinado destino e função, mas que, especialmente no espaço aberto, adquire as características qualitativas das relações entre seus ocupantes. Tendo em si representados a razão vigente e o motivo.

Circulação é de casa para o trabalho e para o consumo de bens e serviços. Lazer é para ser consumido, alimentando-se ansiedades e desejos de posse ao infinito. Todos que estiverem lendo este texto sabem o gosto do cotidiano urbano de hoje.

O mesmo logos e ethos do dinheiro permeiam praticamente TODAS as instituições, protagonistas e figurantes, presentes no cotidiano urbano. Seja pela lógica organizacional seja pela burocracia ou diretamente pela busca de acúmulo, praticamente em todo lugar que podemos ir na cidade são emitidas expressões e condicionamentos de controle.

Quando perguntamos “por que ocupar o espaço público?”, temos de ter ou buscar razões, não sentimentos ou imaginações ou sentidos. Motivo aqui é razão, ou seja, foram motivos bem específicos e organizados que deram origem ao espaço público vivido hoje.

Por mais vigentes que sejam as razões sociais de ocupação do espaço público, a pergunta do título também dá abertura para o levantamento de uma questão mais sutil, profunda e abrangente. Questões não têm apenas razões, aqui mundos são construídos também por sentimentos, imaginações e sentidos. Perguntas, fazemos para um intelecto responder, são resolvidas. “... e por tais e tais motivos o espaço público deve ser ocupado”. Questões são vividas na mesma diversidade de nossas impressões; no corpo, na emoção, no sentimento, do intelecto, na intuição, na memória. Questões são conflitos em aberto, apenas levantados e sustentados.

O Motivo de ocupação do espaço público tem outras razões, e para compreendê-las precisamos autorizar outras inteligências criativas.

Neste sentido, a ocupação do espaço público, até por suas razões lacunares, representa a ocupação de um ethos e logos diferente do agora vigente. O espaço público não é um negócio, não alimenta o consumo. É um lugar cuja atmosfera não é tão caracterizada por apelos e angústias do cotidiano urbano, talvez por faltar a ele a finalidade de eficácia e otimização. Ocupar tem, portanto essa qualidade de acolhimento além do aspecto ativista. Ocupar cantos por onde o vento do cotidiano urbano se confunde por um momento, deixando, distraído de seu fim tal como é hoje, uma transformação acontecer.

Ocupação do espaço com ações de integração, arte, exercício livre do corpo, possibilidade do encontro comunitário, enfim, ações que convocam outras inteligências criativas através das quais o Novo Espaço Público se torna encarnado.

 

UA Comunidade

Nesta estação ficou evidente uma maior iniciativa e participação dos membros do CETRANS tanto nos Encontros TD, como nos medias virtuais. Também contamos com a colaboração de Silvia Fichmann e de Vicente Goes no BI. É evidente que o prazeroso e já tradicional café da manhã do sábado propicia conversas espontâneas que permitem trocas profissionais e humanas de grande riqueza.

A divulgação via ambiente virtual deu maior visibilidade aos eventos e reavivou a presença de membros, o que é muito promissor. Igualmente, esta divulgação atraiu novos participantes que se integraram na nossa mailing list e, por este motivo, em breve, faremos uso de um novo aplicativo para envio de nossas comunicações .

Até o fim deste ano, vamos atualizar do cadastro, elaborar do Perfil CETRANS 2014 - 2015, continuar o envio de mensagens em datas festivas, manter a comunicação com novos nomes interessados nas atividades do CETRANS e no Facebook groups.

UA Comunicação

Neste inverno o trabalho desta UA esteve voltado para uma abertura comunicativa, de modo a aumentar a audiência, divulgação e interlocução, ativando canais da mídia disponíveis: Site, YouTube e Facebook. O Site www.cetrans.com.br, é continuamente atualizado, para oferecer aos interessados teses e artigos de autoria de membros, de colaboradores e de outros estudiosos, como também para disponibilizar vídeos de cunho formativo, editados pelo CETRANS. No Facebook, www.facebook.com/groups/cetrans um estudo está emergindo para tornar esse canal do CETRANS uma verdadeira Rede TD, contando com a colaboração de membros, que cotidianamente contribuem com suas significativas postagens, como Josinete Bastos, Lali Jurowsky e Teresa Cristina Bongiovani.

No YouTube www.youtube.com/channel/UCgGCf9NO-QzuqD8SKuat-xw o CETRANS dispõe de um canal exclusivo para publicação de vídeos que documentam alguns de seus eventos, vídeos gravados por seus membros e também outros de interesse para a nossa comunidade.

UA Formação

O leque foi aberto: inverno, uma estação repleta de atividades e diversidades. Inúmeras foram as ações, na Sala CETRANS. Fatos da atualidade, como as manifestações de junho e julho pp, se constituíram como elementos dinamizadores dos diálogos realizados nos Encontros TD do CETRANS. Dentre elas destacamos:

Diálogo sobre Política Atual Brasileira: Os reflexos das manifestações 2013: este encontro, realizado em 10 de agosto pp, foi resultado da parceria com a Escola de Diálogo de São Paulo, Marisa Murta - Projetos Sustentáveis e Programa Urbanidades. Esta atividade foi proposta por Marisa Murta, membro do CETRANS e mediada por Arnaldo Bassoli.

O palestrante convidado, Raul Christiano Sanchez, secretário da Cultura da Prefeitura de Santos, apresentou uma perspectiva histórica do cenário político brasileiro e enfatizou pontos cegos que precisam ser abordados e clarificados, de forma a suscitar um projeto político capaz de responder às demandas cruciais da nossa sociedade. Também fizeram parte da mesa Lamara Bassoli e César Bargo Perez que contribuíram para o aprofundamento do tema em questão. A dinâmica do encontro propiciou um diálogo fértil a partir de questões apresentadas pelos presentes sobre o atual cenário político brasileiro, e uma reflexão sobre a necessidade da emergência de uma nova estrutura política nos diferentes âmbitos institucionais e poderes constituídos. Esta foi a primeira ocasião em que o CETRANS traz para o centro da discussão transdisciplinar a questão da política e da metapolítica. Em breve material áudio visual sobre este encontro será disponibilizado no site www.cetrans.com.br.

Rede Transdisciplinar Intergeracional – Rede TIG: este encontro realizado em 17 de agosto pp, mediado por Vicente Góes, tratou das manifestações de rua, ocorridas em todo o Brasil, no primeiro semestre de 2013. A atividade foi dividida em dois momentos: das 9h às 12h, na sala CETRANS e das 13h às 16h, no Largo da Batata, nas proximidades desta sala. Pela primeira vez, parte de uma atividade do CETRANS se deu no espaço público. Pela manhã, Vicente apresentou um instrumento heurístico, a Matriz Transdisciplinar de Exploração, e a partir do diálogo com os presentes preencheu os diferentes compartimentos que compõem sua Base, seu Espaço de Transformação e seu Sentido. À tarde a Matriz foi interpretada a partir do contexto “in vivo” do largo da Batata. Eis algumas questões tratadas neste encontro:

1. O que a polícia estava defendendo?
2. O que são movimentos organizados por partidos e movimentos horizontais, aqueles que não possuem “cadeira cativa”?
3. Porque redes estabelecidas apenas conectam ideias, mas não conseguem se fazer ouvir?
4. O que o povo deseja, na essência?
5. Ainda é preciso ir às ruas?
6. Há necessidade de fundamentação teórica e intensificação do diálogo intergeracional para tratar esta questão política?
7. Qual o papel da Metapolítica nesta questão?

A Rede TIG é um processo existencial ôntico e ontológico. O diálogo sobre o papel da Intergeracionalidade continuará até o fim do ano no Facebook – Rede TIG.

Influência das Energias Eletromagnéticas sobre a saúde humana: este encontro aconteceu no dia 24 de agosto na Sala CETRANS, com o palestrante Eduardo Shiguematsu, engenheiro eletricista, estudioso da Transdisciplinaridade em Saúde, Educação e Liderança, Geobiologia, Radiestesia e as influências do eletromagnetismo nos seres vivos.

Shiguematsu apresentou imagens relacionadas aos mundos “macro” e “micro”, que permitiram a visualização das proporções entre as galáxias e os planetas, incluindo a Terra e seu campo eletromagnético que funciona como um manto protetor contra tempestades solares e de todo tipo de intrusões que vem do espaço. Ele também mostrou estudos e diagnósticos das interferências que prejudicam o desempenho das atividades cotidianas pessoais e profissionais das pessoas, intermediando, brilhantemente, todas as questões que lhe foram colocadas. Em seguida introduziu conceitos importantes sobre as malhas energéticas e a influência das energias: cósmica – linhas Hart Mann, Cor e Peri; telúrica – veios d'água, lençol freático, falha geológica e eletromagnéticas – torres de alta tensão, transformadores, antenas, aparelhos wifi, forno de micro-ondas – energias essas que influenciam a vida das pessoas e que podem ser prejudiciais à saúde de todos os seres vivos que habitam nosso planeta. Shiguematsu sinalizou possíveis alternativas para uma vida mais equilibrada e saudável, mostrando casos concretos que já analisou e como e onde interviu.

Atividade de Membros – Meaning of Life

Dando continuidade à atividade de Membros, o Meaning of Life – O Sentido da Vida, mediada por Maria F. de Mello e por Vitória M de Barros, neste inverno, o tema foi abordado a partir da questão da responsabilidade social preconizada por Gandhi e da visão simbólica da vida preconizada pelo índio Sioux Lame Deer. Como desde o início das atividades que leva este título, em fevereiro de 2012 e que terá seu encerramento em novembro de 2013, as interações com os participantes se deram após a escuta das palestras pronunciadas pelo filósofo Jay Garfield e que estão copiladas em 36 vídeos de 30 minutos cada.

Quanto à visão de Gandhi, os dois focos abordados foram:
- Satyagraha and Holding Fast to Truth / Satyagraha e Mantendo-se Firme Rumo à Verdade
- The Call to a Supernormal Life / O Chamado para uma Vida Super Normal

Nessas duas conferências, Jay Garfield fala sobre a crítica que Ghandi (1869– 1948) faz à modernidade mostrando que o industrialismo e o capitalismo levam os indivíduos a viverem numa sociedade desumana e massificadora onde o sentido da vida é perdido.

Dois termos resumem bem a proposta de Gandhi: Ahimsa e Svadharma – Svadharma como desenvolvida no Bhagavad Gita, é a ideia da virtude no nosso papel particular na sociedade; o Ahimsa, termo herdado dos jainistas, carrega a ideia de jamais ferir alguém. Outro termo importante para compreender o pensamento de Gandhi é Satyagraha – palavra sânscrita que pode ser compreendida em dois sentidos: um deles refere-se ao compromisso para determinar o que a verdade é; o outro de auto regulação. Para Gandhi estes dois sentidos se aplicam à vida privada e pública. O grande compromisso é então com a ética, ou seja, o compromisso de levar uma vida segundo o Swadharma e segundo as três Yogas: Karma Yoga – a da Ação; a Jnana Yoga – do Conhecimento; Bakti Yoga – da Devoção.

Quanto à visão de Lame Deer, os dois focos abordados foram:
- Life Enfolded in Symbols / A Vida Desvelada em Símbolos
- Our Place in a Symbolic World / Nosso Lugar no Mundo Simbólico

Lame Deer (1903-1976), índio americano da nação Lakota Sioux compartilha muito de seus insights sobre o que é uma vida com sentido com aqueles que criticam a Modernidade. Ele conecta a Modernidade e a cultura de massa com a alienação que ela gera, não apenas com relação aos valores morais, mas com relação a si mesmo, a própria natureza e com o mundo natural que habitamos. Lame Deer vê o mundo como definido pelo simbólico, e esta dimensão simbólica como essencial para nos conectarmos com o sentido da vida. Para ele, o sentido da natureza apenas emerge no seu caráter simbólico. Os símbolos que nos rodeiam são na verdade uma linguagem, a linguagem do universo. Para os Lakota Sioux tudo está envolto em simbolismo e, por isso mesmo, as coisas mais comuns se tornam sagradas.

Para Lame Deer, as ordens simbólica e natural correm juntas. Ele lamenta que o fetichismo das commodities que nos impulsiona ao consumo, promove um sistemático ignorar da dimensão simbólica da vida. Se refletíssemos sobre esta nossa condição veríamos que este não é o mundo onde escolheríamos viver. Para ele, é neste movimento que destruímos nossa própria humanidade. Assim somos forçados a viver uma vida suposta, ao invés de uma vida real, uma não-vida que nos obriga a sermos expectadores da vida de outras pessoas. Aqui ele ressoa Nietzsche na sua maravilhosa questão: Você é um ator ou um espectador de sua vida?

UA Gestão

A UA Gestão trabalhou no desenvolvimento dos relatórios de Prestação de contas 2013, Previsão orçamentária de 2014 considerando todos os possíveis gastos para o próximo ano e Análise de sustentabilidade econômica do CETRANS.

Também foi contratada por esta UA uma ferramenta de envio de e-mails massivos, com isso o CETRANS ganhará velocidade nas comunicações.

Marque na sua agenda: em 23 de novembro, sábado, das 9 às 13h será realizada a Assembleia Geral Anual do CETRANS. A presença de cada membro é muito importante.

Adiantamos alguns itens da pauta:

Prestação de contas 2013
Previsão orçamentária de 2014
Analise de sustentabilidade econômica do CETRANS
Avaliação das ações 2013
Declaração Filosófica das UA Eleição de coordenadores
VI Encontro de Membros em 2014
Focos formativos em 2013
Organização da cultura de trabalho do CETRANS.

UA Publicação

Dois trabalhos principais estão sendo realizados pela UA Publicação:

  1. A editoração do Perfil CETRANS, na versão 2014/2015, para ser distribuído em novembro.

  2. A reedição do livro Ciência do Homem e Tradição – O Novo Espírito Antropológico de Gilbert Durand, publicado pela Editora TRIOM em 2008 e que analisa a crise das ciências humanas no século XX, examina também o processo histórico do seu desenvolvimento desde o século XIII e ainda nos mostra qual seria o novo espírito antropológico que pudesse dar conta de toda a complexidade desse momento que vivemos.

 

 

Koan 123

A Natureza do Vento de Mayu

O caso

O Mestre Baoche que vivia no Monte Mayu estava se abanando. Um monge se aproximou e disse: “Mestre, a natureza do vento é permanente e não há nenhum lugar que ele não alcance. Então, por que você ainda tem que se abanar?”

“Mesmo que você compreenda que a natureza do vento é permanente”, o mestre respondeu, “você não compreende o significado dele alcançar todos os lugares”.
“Qual é o sentido desse alcançar todos os lugares?”, perguntou o monge.

O Mestre simplesmente se abanou. O monge curvou-se com profundo respeito.

Comentário

Se você percebeu a verdade deste koan, você saberá que se deparar com uma atividade é praticar essa atividade, alcançar um dharma* é penetrar nesse dharma. 
Se, no entanto, isso não estiver claro, então dê um passo atrás e veja por você mesmo como o mestre de Mayu se abanando não é só o vento alcançando todos os lugares, mas o leque, o monte Mayu, o monge e você alcançando todos os lugares.

[*É a Lei que preserva, sustenta e mantém a ordem que regula e harmoniza o Universo]

Verso

Palavras não podem exprimir a ação,
letras do alfabeto não podem encarnar a verdade.
Como podem elas se compararem
com o velho de Mayu se abanando?

The True Dharma Eye- Zen Master Dogen
Shambhala, Boston, 2011

 

 

 

 

 

UA Comunicação – Vera Laporta
UA Comunidade – Miriam Menezes de Oliveira
UA Formação – Maria F. de Melo
UA Gestão – Vinicius Alexandre do Santos Almeida
UA Publicação – Vitória M. de Barros